sábado, 16 de abril de 2011

ADÉLIA PRADO




— COM LICENÇA POÉTICA
Quando nasci um anjo esbelto,
Desses que tocam trombeta , anunciou:
Vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher;
Está espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
Sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
Acho o RIO DE JANEIRO uma beleza,
Ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro  linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
Já a minha vontade de alegria,
Sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homen.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

afe, amo ler as poesias de adélia, incrivel como ela traz coisas simples do cotidiano em poesia, amo!

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